As pessoas apreciam a felicidade e, por isso, procuram bom sexo. O facto do melhor sexo envolver outra pessoa, consegui-lo, pode não ser assim tão fácil.
A procura por bom sexo é mais do que uma genitália interessante, uma resistência impressionante e até uma cara laroca. A beleza e a técnica são importantes, mas não tanto quanto a capacidade de uma pessoa de inspirar ou fazer sorrir outra pessoa.
Existem muitos brinquedos e jogos sexuais atualmente e que vão muito além de um vibrador de tamanho considerável ou um duplo masturbador com pulsação.
Sexo com personalidade
O sexo casual torna-se menos casual quando as personalidades se envolvem – mas qual é a piada do sexo sem personalidade? A descarga física é intensa, maravilhosa, saudável e necessária, mas isso não equivale a diversão no sexo. Diversão é o contacto visual quando se aproxima para um primeiro beijo.
A diversão é uma faísca a varrer o corpo inteiro que emana dos pés descalços. Diversão é recuperar o fôlego enquanto se ri. A diversão é íntima e a intimidade é uma sensual provocação muito estimulante.
Se alguém pratica sexo consigo, há pelo menos algum tipo de fantasia envolvida. As pessoas podem gostar de si como gostam do sol, pelo calor humano que emana e que atrai a outra pessoa e que lhe diz para se enfiarem nos lençóis para um bom sexo: simplesmente para descontrair quando estão juntos e deliciar-se no humor e graça de ambos, tal como fechar os olhos e saborear um Mon Chéri partilhado entre beijos.
Seja qual for a forma que assumir, gostar é diferente de amar. Da mesma forma, o desejo de ter sexo com alguém só às vezes coincide com o desejo de estabelecer uma relação de compromisso. Há uma óbvia e brilhante sobreposição no diagrama Venn de sexo e relação assumida, mas existem espaços singulares, e nem todos representam sexo anónimo.
A procura da felicidade no bom sexo
As pessoas procuram a felicidade e sabem o que ela é. É iogurte de coco com pepitas de chocolate. São bochechas acaloradas. É uma bebida fria numa piscina de sol de verão. É uma flor que desabrocha no dia antes de ser oferecida à pessoa amada.
E é o suor atrás do pescoço. É o arco das costas. Dedos frenéticos e coxas trémulas. Por mais intenso e íntimo que seja, o sexo também pode ser apenas gáudio.
Quando somos verdadeiros connosco e com os nossos parceiros, é-nos concedida a liberdade de desfrutar do que apreciamos. Quando a timidez se transforma em jogo, apenas nos limitamos. Infelizmente, restringimos o nosso prazer por medo ou por obrigação percebida. Sem sugerir a irresponsabilidade ou o hedonismo, libertemo-nos em alto e bom som a favor da honestidade sexual e explorar o fetiche de pés ou podolatria, a submissão e os jogos de dominação do BDSM, o desejo de extravagância erótica a sacudir a baunilha tímida do capote do preconceito injustificado, apenas para dar vida às fantasias sexuais mais selvagens que há em cada um de nós.
O melhor sexo é partilhado entre pessoas que entendem as mútuas necessidades relevantes. Se estás numa relação, podes querer discutir objetivos futuros. Se estás a embarcar numa aventura noturna, descobre a fantasia que queres realizar. E se o que procuras ficar algures no meio disto, diz o que for honesto, faz o que for verdade, procura prazer e não faças mal a ninguém – sexo jovial transforma-nos a todos em anjos e dá-nos asas bravias nos ombros púdicos, que seduzem suavemente como garras de águias reais.
Artigo atualizado, tendo sido publicado inicialmente a 7 de Julho de 2020.
